Ao som da torcida cantando "arerê, o Grêmio vai jogar a Série B", o Bahia bateu o Grêmio por 3 a 1 no final do ano passado e praticamente selou a queda gremista. Mas os baianos festejaram por pouco tempo e também caíram, ficando até abaixo do Grêmio. O reencontro de ambos agora na Série B do Brasileiro, neste domingo, às 16 horas, na mítica Arena Fonte Nova, em Salvador, promete ser quente novamente, mas agora sem o drama de 2021.
Ter ou não ter três zagueiros é a dúvida do técnico Roger Machado. O esquema tem sido bom defensivamente (a defesa tricolor é a menos vazada da competição com 5 gols sofridos), mas fora de casa não tem rendido lá na frente - foram só 3 gols longe da Arena. O ataque tricolor, apesar de ter o goleador da competição (Diego Souza com 7 gols), não figura sequer no top 10 da Série B do Brasileirão. São apenas 13 gols em 15 jogos. O desafio de Roger, além de fazer o time apresentar um futebol mais consistente, é seguir sólido na defesa e ter maior produção ofensiva com finalizações mais certeiras. Em outras palavras, equilíbrio.
Mas a questão de ter ou não três zagueiros é só uma entre outras que o Grêmio carrega para a Bahia. O time tem muitas baixas. A maioria é por lesão, como Kannemann (que, aliás, cumpre suspensão de dois jogos pela expulsão contra o Sport), Edílson e Elkerson. Ferreira viajou, mas não está 100% recuperado.
Mas os dois importantes desfalques são por suspensão (terceiro cartão amarelo): Villasanti e Biel. O volante paraguaio é um dos pontos de equilíbrio no meio e o atacante sai da equipe exatamente após ter feito seu primeiro gol no time. No lugar deles devem entrar, respectivamente, Thiago Santos (ou Lucas Silva ou Sarará) e Elias (com chance de Ferreira aparecer).
Jogo decisivo
O jogo deste domingo - o primeiro oficial pelo Bahia do técnico Enderson Moreira (que passou pelo Grêmio em 2014 e foi campeão da Série B com o Botafogo em 2021) - pode ser um divisor de águas para o tricolor na Série B. Se vencer, emparelha em pontos com os baianos (fica atrás nas vitórias, ainda), podendo abrir boa folga no G4 caso Sport e Tombense não vençam na rodada.
O empate não é ruim, mas a derrota, mesmo que não tire o time do G4, volta a jogar uma pressão grande para o próximo jogo na Arena (dia 8, contra o Náutico) de uma torcida ainda insatisfeita com o futebol apresentado.