Calça com zíper que se transforma em bermuda, camisa com abertura nas costas e colarinho que se abre, blazer que vira colete. Essas são algumas peças que integram uma coleção inclusiva desenvolvida por uma estilista hamburguense. O trabalho dela foi reconhecido em um concurso, em Santa Catarina.
Aos 50 anos, Katia Kayser de Oliveira, egressa do curso de Moda da Universidade Feevale, é uma das vencedoras do 8º Prêmio Brasil Sul de Moda Inclusiva. O resultado saiu no início deste mês, em Florianópolis, de onde trouxe na bagagem o certificado, tecidos, uma máquina de costura, além de uma lista de encomendas dos modelos apresentados durante o desfile.
A premiação é reflexo de um grande sonho que se concretizou e que ainda deve render outros frutos. "O sonho que eu tinha era concluir a minha faculdade, onde fui bolsista. Agora, quero colher os frutos com muita boa vontade, repassando às pessoas que entrevistei em meu trabalho de conclusão tudo o que fiz. Nunca é tarde para realizar o sonho. Não somos mais que ninguém, mas podemos nos colocar no lugar do outro", declara.
Inspiração
Embora sua coleção tenha sido inspirada na convivência com seu afilhado, Guilherme Finotti, que possui paralisia cerebral, ela esclarece que os looks podem beneficiar outras pessoas. "O meu foco no trabalho de conclusão foi em pessoas com paralisia cerebral, mas as roupas em si podem beneficiar outras pessoas, porque os modelos são fáceis de vestir", conclui.