Esperada há quase dez anos, a construção do anexo II do Hospital Municipal de Novo Hamburgo se aproxima do início. De acordo com a Prefeitura, a obra já tem os recursos garantidos e deve iniciar nos primeiros meses deste ano.
No caso da hemodinâmica, a intervenção é mais complexa e mexe com a estrutura do local, em função dos equipamentos pesados. As fundações tiveram de ser reforçadas e as instalações, refeitas. A reforma começou em outubro e deve ser concluída até o fim deste mês. Após esta etapa, é necessário realocar os equipamentos no novo local.
"O que eu posso te garantir é que vai iniciar nos primeiros meses deste ano. Vai depender de possibilidade técnica", afirma o secretário Nassom Luciano.
O projeto prevê um prédio com cinco andares, e possibilitará a criação de 82 novos leitos SUS, 10 novas salas cirúrgicas, centro de imagem, de diagnóstico e hemodinâmica.
Custo aumentou
No início de 2021, a obra foi licitada. O contrato com a construtora foi assinado em março, mas a pandemia atrapalhou os planos. De acordo com Naasom, de lá para cá foi necessário atualizar o orçamento, em função da alta dos insumos da construção civil.
Antes da pandemia, o custo estimado era de cerca de R$ 18 milhões. Agora, a obra está orçada em R$ 21,4 milhões. "Agora nós temos recurso garantido para executar a obra do início ao fim. Queremos iniciar o mais rápido possível", afirma.
A Prefeitura já contava com um financiamento na Caixa Econômica Federal, de cerca de R$ 12 milhões, e com uma emenda parlamentar de R$ 6 milhões, encaminhada pelo deputado federal Lucas Redecker.
Nesta semana, o governo do Estado anunciou o repasse de R$ 9 milhões por meio do programa Avançar Saúde, que completam o custo da obra.
A diretora-presidente da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), Tânia Terezinha da Silva, avalia que a construção do novo anexo vai representar uma melhoria importante no atendimento em saúde na região.
"Nós estamos muito felizes com o novo anexo que vai vir. É uma obra muito importante para os hamburguenses e para toda a nossa região, que tem especialidades pactuadas conosco. Vai trazer aumento no número de leitos, melhores acomodações e um melhor atendimento ao paciente, que é a nossa missão", diz.
A discussão sobre a necessidade de construção do anexo iniciou em meados de 2012. No ano seguinte, a obra foi tema de debate em reunião da Comissão Intergestores Regional (CIR) da Região 7 da 1ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). Em 2014, foi assinado contrato de financiamento com a Caixa.
Em 2021, o início da obra chegou a ser previsto para setembro, o que acabou não se confirmando.