A passos lentos, o setor calçadista brasileiro começa a apresentar recuperação no envio de pares para o exterior. Após um ano de queda por conta da pandemia da Covid-19, o primeiro semestre de 2021 registrou aumento das exportações. O volume embarcado foi praticamente igual ao mesmo período de 2019, na pré-pandemia. O balanço dos últimos seis meses doi divulgado nesta segunda-feira (12) pela Abicalçados.
Neste primeiro semestre, as exportações de calçados somaram US$ 389 milhões, gerados pela comercialização de 57 milhões de pares. A alta é de 32,3% em volume na comparação com o mesmo período de 2020. Já no comparativo com o primeiro semestre de 2019, houve queda de apenas 0,3% em volume, ou seja, as exportações em 2021 praticamente retomaram o ritmo pré-pandêmico.
Apesar da retomada, o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que possivelmente o setor encerrará 2021 em níveis abaixo dos registrados na pré-pandemia, em 2019. “Estamos crescendo sobre uma base historicamente fraca, que nos levou a patamares de quase quatro décadas atrás”, avalia o executivo, lembrando que no ano passado as exportações caíram mais de 18%.
Conforme a Abicalçados, o principal exportador de calçados do primeiro semestre de 2021 foi o Rio Grande do Sul. Das fábricas gaúchas, partiram 14 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 166,8 milhões, incremento de 33,8% em volume na comparação com o primeiro semestre do ano passado.
O segundo exportador do semestre foi o Ceará (18 milhões de pares por US$ 95,47 milhões), seguido por São Paulo (4,25 milhões de pares por US$ 43,16 milhões).
No primeiro semestre, o principal destino do calçado brasileiro no exterior foi os Estados Unidos, para onde foram embarcados 6,36 milhões de pares que geraram US$ 88 milhões.
O segundo destino do semestre foi a Argentina (5 milhões de pares por US$ 48 milhões), e o terceiro, a França (3,36 milhões de pares por US$ 28 milhões).