Após uma reviravolta nos bastidores políticos, foi marcado para segunda-feira (11), o depoimento do prefeito afastado de Cachoeirinha, Miki Breier (PSB), no processo de impeachment que tramita na Câmara de Vereadores do município. Iniciado em novembro de 2021, o rito foi interrompido em fevereiro deste ano após uma liminar do Tribunal de Justiça (TJ) devido a uma irregularidade durante a escolha da substituta da relatora, Pricila Barra (PSD), que retornou para a suplência do partido.
O que diz a defesa
Advogado de Miki Breier, André Lima de Moraes, solicitou a remarcação dos depoimentos, já que não pode comparecer na reunião desta sexta-feira, por ter recebido a alteração de horário após as 11 horas de quinta-feira (7). Ele também pede a retirada das supostas provas do processo, já que precisa dos documentos para defender o seu cliente.
Comissão Processante rebate
O presidente David Almansa indeferiu todos os pedidos, ao alegar que o advogado agiu de má fé. Sobre a mudança no horário, comunicou que o pedido havia sido feito pelo próprio André Lima e que outros dois advogados constam na procuração para defender Miki Breier.
Entenda o pedido de impeachment
Afastado desde o dia 30 de setembro de 2021, após ser alvo da Operação Ousadia, deflagrada pelo Ministério Público, Miki Breier poderia ter retornado ao cargo no início desde mês, no entanto o MP pediu mais 180 dias de suspensão, que foi aceito pela Justiça.
Além da “Ousadia”, o prefeito já foi alvo de outra operação, a "Proximidade", em junho de 2021, onde é denunciado por favorecimento a empresários em licitações da Limpeza Urbana, além de corrupção ativa e passiva. No pedido de impeachment, o vereador Mano do Parque denúncia Miki por infrações político-administrativas.