A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa aprovou na segunda-feira (29) a proposta que pede a cassação do deputado Ruy Irigaray (PSL). A sessão teve duração de nove horas e o parecer da subcomissão processante tinha mais de 250 páginas. Das três acusações contra o parlamentar, os magistrados aceitaram para abertura do processo a denúncia sobre desvio de função de servidores comissionados do seu gabinete para a realização de obras em imóvel que seria utilizado como gabinete de Irigaray durante as restrições por conta da pandemia de coronavírus.
Ruy Irigaray permaneceu no plenário durante a sessão, mas preferiu não se manifestar. O advogado Lúcio de Constantino, defensor do parlamentar, negou as três acusações e disse que as provas apresentadas pelos denunciantes são frágeis, uma vez que não passaram por perícia. Constantino também afirmou que a ação trata-se de um acordo político contra o parlamentar.
A decisão da Comissão de Ética foi unânime, dos 12 deputados votaram favóraveis ao processo de cassação de Irigaray. O grupo é formado por Aloísio Classmann (PTB), Beto Fantinel (MDB), Capitão Macedo (PSL), Dalciso Oliveira (PSB), Edegar Pretto (PT), Fábio Ostermann (Novo), Fernando Marroni (PT), Fran Somensi (Republicanos), Juliana Brizola (PDT), Mateus Wesp (PSDB), Sérgio Turra (PP) e Tiago Simon (MDB).
*Com informações do portal de notícias Correio do Povo.