As filas para retirada de remédios gratuitos na Farmácia Municipal de São Leopoldo geralmente é grande. Mas nos últimos dias está maior do que o normal, o que vem gerando reclamação de alguns usuários do serviço.
O local fica numa sala do Ginásio Municipal Celso Morbach, onde, na manhã desta terça-feira (21), muitos aguardavam para conseguir o medicamento que precisavam. Diretora da assistência farmacêutica, Fabiana Ribeiro comenta que as equipes atendem uma média de 500 a 600 pacientes por dia, mas que, a cerca de duas semanas, está sendo necessário cadastrar os pacientes novamente, por isso, o tempo de espera se tornou maior. “Com o sistema de informatização da saúde, a gente está tendo que cadastrar os pacientes antes de fazer a dispensação (do remédio) e isso está levando de 10 a 15 minutos a mais para cada paciente”, explicou.
“Estamos tentando organizar a fila, para que primeiro eles façam cadastro e depois peguem a medicação, para ser mais rápido. Mas está bem demorado mesmo esses primeiros dias, estamos tentando o impossível”, ponderou Fabiana, comentando que tem pedido para os pacientes tentarem chegar antes das 16h, porque após isso, serão distribuídas fichas. No novo cadastro, informações como número do cartão SUS, CPF e telefone são pedidos e, como é tudo feito via internet, o sistema apresenta instabilidade por vezes.
Precisando pegar remédios para a filha especial, 32 anos, Juraci Oliveira, 54, estava há 40 minutos esperando para passar no cadastro e depois pegar as medicações. “Mas já tive que levantar muito cedo para ficar na fila e pegar receita”, contou a moradora da localidade do Morro do Paula. “Cheguei na fila do ônibus da saúde às 3h50, porque são 12 fichas e tem que amanhecer pra conseguir. Precisava pegar receita pra buscar o remédio pra ela porque não tem como eu comprar, é muito caro”, lamentou, enquanto encarava mais uma fila para então pegar o medicamento.
Fabiana também justificou que não há fila preferencial porque a quantidade de pessoa era muito grande e gera confusão. As situações, porém, são analisadas individualmente e, no caso, de mulheres com crianças no colo, com filhos autistas ou muitos idosos, a farmácia passa para o atendimento preferencial.
Conforme a diretora, atualmente só há falta dos medicamentos que estão com problema de fabricação, questão observada em todo Brasil – azitromicina solução e Clavulim solução, são exemplos. Os destinados para problemas crônicos, como remédios para cardíacos e hipertensos, por exemplo, não estão em falta.
As farmácias municipal e estadual ficam em salas vizinhas no Ginásio Celso Morbach. O horário de funcionamento vai da 8 às 17 horas. Os telefones da Farmácia Municipal são (51) 3589-4092 ou 2200-0748; da Farmácia Estadual é (51) 2200-0756.