Nossa expectativa com a escola, como pai e mãe, é de que nossos filhos estudem e aprendam, se preparem para acessar uma faculdade, um bom emprego e a conviver em sociedade. A escola pública, no geral, possui grandes limitações e desafios, mas seu futuro sempre é discutido pelo conjunto da sociedade, com a participação de especialistas e estabelecido no Plano Nacional de Educação.
Dentre as 20 metas do plano, estão a universalização da educação infantil e fundamental, o acesso e aprendizagem de crianças e adolescentes com deficiência, a ampliação da escola em tempo integral, a formação e valorização dos professores, entre outras. Não existe nenhuma referência sobre criação de escolas cívico-militares.
Implementado sem nenhuma reflexão, no lugar dos grandes desafios, reais da educação no País, o programa previu retirar do Ministério da Educação e passar para a Defesa cerca de R$ 54 milhões. Como em outas áreas, Bolsonaro bagunçou e ideologizou, criou uma escola pra chamar de sua e vende pra sociedade mais uma mentira, como a cloroquina. Sobre os possíveis resultados, são inspirados e um modelo radicalmente diferente, nas escolas militares professores são valorizados, tem estrutura e o público é mais homogêneo.
A verdade é que desejam esconder o desfinanciamento da educação, que perdeu quase 40% de seu orçamento nos últimos seis anos, aumentar o rendimento de alguns militares, que receberão 30% a mais em seus salários, propagar as ideias bolsonaristas, combater a diversidade, a ciência, impedir uma formação humana, antirracista, dificultar a criação de uma cultura de participação e democracia. Por tanto, as escolas cívico-militares são mais uma aberração que precisa ser combatida e impedida de acontecer.